Um movimento de sonhadores militantes que caminham, semeando a consciência da Mãe Terra, baseada nos princípios andinos da Pachamama. Com base na ética e na filosofia dos povos originários do continente americano, disseminam os princípios do cuidado e serviço da vida, bem como da unidade popular e de integração entre os seres. Uma grande família, Ayllu, na língua Quéchua, uma fraternidade de uaikis, amigos ou companheiros de caminho e serviço, caminhamos pela Vida com uma esperança imensa em melhorar o vínculo entre as pessoas e a Mãe Natureza ou Pachamama, utilizando metáforas que vão descobrindo na caminhada, em uma linguagem poética e sensível. O propósito do movimento é promover em todos os sentidos a consciência de que a “Mãe Terra” é um ser consciente, amoroso e vivo e que todos somos responsáveis pelo seu cuidado. Também cultivam uma disciplina espiritual ancestral andina, ligada à meditação, limpeza energética, trabalho sobre a sombra ou ego.
Se organizam, de forma democrática e horizontal, através de assembleias e debates, caminhando devagar juntos ao centro da Chakana, que é uma antiga mandala do Tahuantinsuyu. Todo o movimento Mística Andina é coordenado por um grupo de “amautas” ou colégio de anciões, que são um grupo de caminhantes antigos que focalizam, cuidam e organizam as diferentes atividades dos discípulos, aspirantes e simpatizantes, e de todas as atividades do movimento. Para a transmissão dos ensinamentos há uma Escola Iniciática, onde Mestres, Mestras e Guias Espirituais instruem, corrigem e orientam a todos os que participam da Senda. O movimento está expandido no Brasil e Argentina com centros de meditação e práticas, onde também vem desenvolvendo Comunidades Campesinas Espirituais. A ONG Pachamama é o espaço institucional para os projetos de serviço.